Your browser doesn't support javascript.
loading
Show: 20 | 50 | 100
Results 1 - 20 de 122
Filter
1.
Rev. Baiana Saúde Pública (Online) ; 47(4): 319-331, 20240131.
Article in Portuguese | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1537870

ABSTRACT

O objetivo deste estudo foi relatar a experiência de criação e implementação de um programa para promoção da saúde mental de adolescentes escolares. Trata-se de um relato de experiência obtido a partir da imersão no contexto escolar, no período de 2019 a 2021, para realização de inquérito epidemiológico, seguido da elaboração de um programa para capacitação de familiares de adolescentes e trabalhadores escolares sobre saúde mental de adolescentes. A pesquisa ocorreu em escolas públicas de um município baiano. Todas as experiências obtidas a partir de observação participante foram registradas em um diário de campo. O sofrimento psíquico percebido entre adolescentes tem sido uma questão preocupante, pois afeta a qualidade de vida desse grupo. Ademais, notou-se distanciamento dos serviços de saúde do ambiente escolar, além da dificuldade de familiares e trabalhadores na abordagem do problema. Nesse contexto, propôs-se o programa intersetorial "Adolescer com saúde", com o objetivo de capacitar familiares e trabalhadores escolares para lidar com tal problemática. O programa favoreceu a aproximação entre profissionais de saúde, da educação e familiares, fomentando a corresponsabilização pela promoção da saúde do adolescente.


This experience report presents the creation and implementation of a health program aimed at the mental health of adolescents. After conduction of an epidemiological survey in public schools from a municipality in Bahia, from 2019 to 2021, a program to train family members and school workers on adolescent mental health was elaborated. All experiences obtained by means of participant observation were recorded in a field diary. Perceived psychic suffering among adolescents has been a matter of concern, as it affects their quality of life. Moreover, we observed an absence of health services from the school environment, as well as difficulties by family members and workers in addressing the problem. Given this scenario, the intersectoral program "Adolescer com Saúde" [Adolescence and Health] was proposed to educate family members and school workers on how to tackle the issue. The program fostered a rapprochement between health professionals, educators and family members, encouraging co-responsibility in promoting adolescent health.


El objetivo de este estudio fue reportar la experiencia de creación e implementación de un programa de promoción de salud mental de los adolescentes en la escuela. Este es un reporte de experiencia obtenido de la inmersión en el contexto escolar, de 2019 a 2021, para la realización de una encuesta epidemiológica, seguida de la elaboración de un programa de formación en salud mental de los adolescentes destinado a familiares de adolescentes y a trabajadores escolares. La investigación se llevó a cabo en escuelas públicas de un municipio de Bahía, Brasil. Se registraron todas las experiencias obtenidas de la observación participante en un diario de campo. El sufrimiento psíquico percibido entre los adolescentes ha sido motivo de preocupación, ya que afecta a la calidad de vida de este grupo. Se constató que los servicios de salud estaban alejados del ámbito escolar y que había dificultad de los familiares y trabajadores para abordar el problema. En este contexto, se planteó el programa intersectorial "Adolescencia con salud", con el objetivo de capacitar a familiares y trabajadores escolares para enfrentar esta problemática. El programa favoreció el acercamiento entre los profesionales de la salud, los de la educación y los familiares, incentivando la corresponsabilidad en la promoción de la salud de los adolescentes.

2.
Rev. bras. saúde ocup ; 49: edepi12, 2024. tab
Article in Portuguese | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1529973

ABSTRACT

Resumo Objetivo: analisar os efeitos isolados e combinados do gênero, da raça e dos estressores ocupacionais sobre a saúde mental de trabalhadores e trabalhadoras da saúde. Métodos: estudo transversal com amostra aleatória de trabalhadores(as) da saúde da Bahia, Brasil. As variáveis de exposição principais foram: gênero, raça e estressores ocupacionais, avaliados por meio da escala de Desequilíbrio Esforço-Recompensa (DER). O Self-Reporting Questionnaire (SRQ-20) mensurou os transtornos mentais comuns (TMC), variável desfecho. As medidas de interação foram verificadas com base no critério da aditividade, pelo cálculo do excesso de prevalência, excesso de razão de prevalência e diferença relativa. Resultados: participaram 3.343 trabalhadores, 77,9% do sexo feminino. A prevalência de TMC foi 21,7% maior entre mulheres, negros e pessoas em situações de exposição aos estressores laborais. Entre as mulheres negras em situação de DER, a prevalência de TMC foi três vezes maior em relação aos homens brancos em situação de equilíbrio (grupo de referência). Discussão: trabalhadoras negras acumulam desvantagens sociais e estão mais suscetíveis a ocupações de maior esforço e menor recompensa. A prevalência de TMC foi superior na intersecção das exposições. O efeito combinado dos fatores excedeu a soma dos efeitos isolados, demonstrando interação entre gênero, raça e estressores ocupacionais.


Abstract Objective: analyze the isolated and combined effects of gender, race, and occupational stressors on the mental health of healthcare workers. Methods: cross-sectional study with a random sample of health workers in Bahia, Brazil. The primary exposure variables were gender, race, and occupational stressors, assessed using the Effort-Reward Imbalance (ERI) scale. The Self-Reporting Questionnaire (SRQ-20) measured common mental disorders (CMD), the outcome variable. The interaction measures were verified based on the additivity criterion by calculating the excess prevalence, excess prevalence ratio, and relative difference. Results: 3,343 workers participated, 77.9% were female. CMD prevalence was 21.7% higher among women, Black people, and those exposed to work stressors. Among Black women in a situation of ERI, the prevalence of CMD was three times higher compared with white men in a situation of balance (reference group). Discussion: black women workers accumulate social disadvantages and are more susceptible to occupations that require more significant effort and less reward. CMD prevalence was higher at the intersection of exposures. Combined effect of the factors exceeded the sum of the isolated effects, demonstrating an interaction between gender, race, and occupational stressors.

3.
Ciênc. Saúde Colet. (Impr.) ; 29(3): e04702023, 2024. tab, graf
Article in Portuguese | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1534180

ABSTRACT

Resumo A mortalidade provocada pela pandemia da COVID-19 tem produzido impactos aos indicadores de Anos Potenciais de Vida Perdidos (APVP) em nível mundial. Objetiva-se estimar os APVP devido à mortalidade por COVID-19, segundo sexo, faixa etária e raça/cor, no período de março de 2020 a dezembro de 2021, no Brasil. Foram caracterizadas as mortes por COVID-19, estimadas e comparadas as taxas e razão de taxas padronizadas de APVP, a média de anos potenciais de vida não vividos (APVNV) e a idade média do óbito (IMO). No geral, foram perdidos 13.776.969,50 anos potenciais de vida, o que determinou uma perda média de 22,5 anos potenciais não vividos. Houve maior perda de anos potenciais de vida nos homens (58,12%) e nas faixas etárias de 0 a 59 anos nas populações negra (58,92%) e indígena (63,35%), enquanto nas faixas etárias de 60 anos e mais foi observada maior perda de APVP nas populações branca (45,89%) e amarela (53,22%). As mulheres registraram as maiores IMO, com exceção das mulheres indígenas. Homens brancos (1,63), pardos (1,59) e pretos (1,61) tiveram as maiores taxas em comparação às mulheres brancas. Apesar da COVID-19 ter tido maior impacto em idosos, foram as populações negra e indígena na faixa de menos de 60 anos quem teve maior perda de anos potenciais de vida.


Abstract Mortality caused by the COVID-19 pandemic has impacted indicators of Years of Potential Life Lost (YPLL) worldwide. This study aimed to estimate the YPLL due to mortality caused by COVID-19, according to sex, age group, and race/color in Brazil, from March 2020 to December 2021. Deaths caused by COVID-19 were characterized, in which the rates and ratios of standardized YPLL rates, the average number of years of potential life lost (ANYPLL), and the average age at death (AAD) were estimated and compared. Overall, 13,776,969.50 potential years of life were lost, which resulted in an average loss of 22.5 potential years not lived. A greater loss of potential years of life was identified in men (58.12%) and in the age groups from 0 to 59 years in the black (58.92%) and indigenous (63.35%) populations, while in the age groups of 60 years and over, a greater loss of YPLL was observed in the white (45.89%) and yellow (53.22%) populations. Women recorded the highest ADD, with the exception of indigenous women. White men (1.63), brown men (1.59), and black men (1.61) had the highest rates when compared to white women. Although COVID-19 has a greater impact on the elderly, it was the black and indigenous populations under the age of 60 who had the greatest loss of potential years of life.

4.
Ciênc. Saúde Colet. (Impr.) ; 29(3): e04402023, 2024.
Article in Portuguese | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1534193

ABSTRACT

Resumo A violência é um grave problema de saúde pública e constitui um fenômeno sócio-histórico, com causas e consequências diversas e múltiplas expressões. As principais vítimas seguem sendo as populações vulnerabilizadas e periféricas, nas quais se interseccionam dimensões como gênero, classe, raça e pertencimento social. Embora as questões étnico-raciais estejam presentes nos estudos que explicam o fenômeno da violência, estes tendem a não a considerar também fruto do racismo institucional. Este artigo pretende analisar dados de uma pesquisa quali-quanti que avaliou experiências de violência simbólica e estrutural vivenciadas por jovens negros/as de 15 a 29 anos de idade e moradores/as de bairros periféricos de duas capitais brasileiras - Recife e Fortaleza, a partir de grupos focais e entrevistas semiestruturadas. Foram enfatizados os lugares de fala que situavam a interseccionalidade, sobretudo de raça/cor da pele, pertencimento territorial e classe, na própria definição identitária. Em ambas as capitais a juventude negra trouxe à tona uma realidade comum: um horizonte limitado na definição de projetos de vida, tanto por questões econômicas quanto da demarcação concreta ou simbólica de lugares sociais para os quais seu acesso é interditado.


Abstract Violence is a serious public health issue and constitutes a historical social phenomenon with diverse causes and consequences, and multiple manifestations. The main victims continue to be populations left vulnerable and marginalised, where dimensions including gender, class, race and social belonging intersect. Although studies to explain the phenomenon of violence do address ethnic and racial issues, they tend not to consider violence as stemming also from institutional racism. This paper examines data from a qualitative and quantitative study drawing on focus groups and semi-structured interviews to evaluate symbolic and structural violence experienced by young black people from 15 to 29 years old residing in peripheral neighbourhoods of two Brazilian state capitals - Recife and Fortaleza. The focus is on their standpoints that situate the intersectionality, especially among race/skin colour, territorial belonging and class, in the very definition of identity. In both capitals, the young black people revealed a common reality: life projects constrained by economic limitations and by the concrete or symbolic demarcation of social spaces to which they are denied access.

5.
Saúde Soc ; 33(1): e230102pt, 2024.
Article in Portuguese | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1536864

ABSTRACT

Resumo Num cenário epidêmico ainda preocupante, a prevenção da Transmissão Vertical (TV) do HIV impõe problemas complexos, devido as vulnerabilidades individual, social e moral das mulheres vivendo com o vírus, somadas às fragilidades da rede de saúde. A partir de um caso emblemático, este estudo buscou compreender os desafios bioéticos do cuidado para a prevenção da TV do HIV no âmbito do Comitê de Porto Alegre/RS. Os eixos analíticos desenvolvidos refletem sobre como a produção do cuidado se articula, por um lado, com discursos e práticas relacionais pautadas no gênero e interseccionadas por raça e classe social e, por outro, com vulnerabilidades programáticas das políticas de saúde. Vislumbrou-se um processo de extrema estigmatização, em que as poucas ofertas para as mulheres cisgênero se dirigiam à regulação reprodutiva e perpetuavam dinâmicas de violência estrutural. Discute-se caminhos para a construção de um cuidado que incorpore a perspectiva decolonial e busque produzir equidade e justiça social ao reconhecer as trajetórias das mulheres.


Abstract In a still worrying epidemic scenario, the prevention of Vertical Transmission (VT) of HIV poses complex problems, due to the individual, social, and moral vulnerabilities of women living with the virus, in addition to the weaknesses of the health network. Based on an emblematic case, this study sought to understand the bioethical challenges of HIV VT prevention in the scope of the Porto Alegre/RS Committee. The analytical categories developed reflect on how the production of care is articulated, on the one hand, with relational discourses and practices based on gender and intersected by race and social class and, on the other, with programmatic vulnerabilities of health policies. A process of extreme stigmatization was revealed, in which the few offers for cisgender women were aimed toward reproductive regulation and perpetuated dynamics of structural violence. We discuss ways of building care that incorporates a decolonial perspective and seeks to produce equity and social justice by recognizing women's trajectories.

6.
Investig. desar ; 31(2)dic. 2023.
Article in Spanish | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1534745

ABSTRACT

El objetivo del artículo es relacionar aspectos interseccionales de la raza en el fenómeno de la feminización del periodismo, además de contribuir a la producción de datos sobre el perfil femenino en el periodismo brasileño. La literatura señala que las mujeres son mayoría en el periodismo, por lo que proponemos avanzar en las discusiones para observar su perfil y las asimetrías raciales en contrapunto a la homogeneización. La metodología utilizada para la construcción del trabajo es la cuantitativa, teniendo como método la encuesta. El corpus de la investigación está compuesto por 217 mujeres que ejercen o han ejercido el periodismo en Brasil, 135 autodeclaradas blancas, 75 negras, 3 indígenas y 2 amarillas - 2 informantes optaron por no identificar su color/raza. A partir del análisis descriptivo, verificamos que el perfil de las entrevistadas corrobora las investigaciones sobre profesionales del periodismo brasileño: mujeres cisgénero, blancas y con alto nivel de escolaridad. Los resultados inducen que las mujeres negras tienen el menor nivel de estudios, lo que puede repercutir en su posición en el mercado. En cuanto a la situación laboral, la mayoría de los informantes de la investigación trabajan fuera de los medios de comunicación, principalmente en consultorias. Considerando los grupos raciales, las mujeres blancas se distribuyen en todas las categorías delimitadas (medios de comunicación, fuera de los medios, docencia, etc.), mientras que las mujeres negras son las que acumulan más espacios laborales diferentes y las que actualmente están más fuera del periodismo. Los datos interseccionales apuntan a posibles desventajas de las mujeres negras en relación con las mujeres blancas en el periodismo en Brasil.


The objective of the article is to relate intersectional aspects of race in the phenomenon of the feminization of journalism, as well as to contribute to the production of data on female profiles in Brazilian journalism. The literature points out that women are the majority in journalism, therefore, we propose to advance the discussions to observe their profile and the racial asymmetries in counterpoint to homogenization. The methodology used for the construction of this work is quantitative, with the survey as a method. The research corpus is made up of 217 women who work, or have worked, in journalism in Brazil, 135 self-declared as white, 75 as black, 3 as indigenous, and 2 as "yellow" (meaning East Asians) - 2 informants chose not to identify their color/race. From the descriptive analysis, we verified that the profile of the respondents corroborates research on professionals in Brazilian journalism: cisgender women, white, and with a high level of education. The results indicate that the self-declared black female respondents have the lowest level of education, which may impact their position in the job market. Regarding work situations, most of the women in the survey work outside the media, mainly in consulting firms. Considering the racial groups, white women are distributed in all the delimited categories (media, outside the media, teaching, etc.), while black women are the ones who most accumulate different work spaces, and the ones who are currently outside journalism. The intersectional data points to possible disadvantages of black women compared to white women in journalism in Brazil.

7.
Indian J Med Ethics ; 2023 Sep; 8(3): 203-209
Article | IMSEAR | ID: sea-222710

ABSTRACT

There are gross inequities in access to non-communicable disease (NCD) care in India. The Indian state of Tamil Nadu recently launched the “Medicine at people’s doorstep” (Makkalai Thedi Maruthuvam — MTM) scheme in which screening and medications for NCDs are delivered at people’s doorsteps. This is likely to improve geographical access to NCD services in the community. The objective of this study is to analyse the MTM scheme and recommend policy interventions for improved and equitable access to NCD services in the community. We analysed the MTM policy document using the intersectionality-based policy analysis framework. This analysis was supplemented further with literature review to enhance understanding of the various intersecting axes of inequities, such as gender discrimination, caste oppression, poverty, disabilities and geographical access barriers. The MTM policy document, while it removes the physical access barrier, does not frame the problem of NCDs from an intersectionality perspective. This can increase the chances of inequities in access to NCD services persisting despite this scheme. We also recommend interventions for the short, intermediate and long term to make NCD care more accessible. Creation of a gender, caste, class, geographical access, and disabilities disaggregated database of patients with NCDs, using this database for monitoring the delivery of MTM services, dynamic mapping of vulnerability of the target populations for delivery of MTM services and long term ongoing digital surveillance of factors inducing inequities to access of NCD services can all help reduce inequities in access to NCD care.

8.
Interdisciplinaria ; 40(2): 559-578, ago. 2023. tab
Article in Spanish | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1448510

ABSTRACT

Resumen Los gobiernos municipales de Costa Rica tienen un papel significativo en el Sistema Nacional de Gestión del Riesgo (SNGR) para enfrentar las múltiples amenazas y riesgos que afectan al país desde sus territorios. Los distintos marcos y políticas que trabajan en el enfoque de la Gestión del Riesgo de Desastres (GRD) promueven la realización de análisis de riesgos como proceso que contribuye a su reducción y mitigación, y destacan el enfoque de género como principio o eje para visibilizar la necesidad de realizar revisiones y acciones diferenciadas por género. El presente artículo recoge la investigación realizada que responde a la pregunta "¿Cuáles son los elementos psicosociales que influyen en la puesta en práctica de la transversalización del enfoque de género en los procesos de la GRD de las oficinas municipales?" Esta pregunta se respondió desde la Psicología Social Comunitaria y la Psicología Social Feminista. Se realizó un estudio con enfoque cualitativo y diseño fenomenológico, en el que se aplicaron entrevistas a representantes institucionales en GRD y género. Se identificaron doce elementos psicosociales que influyen en la transversalización del enfoque de género en la GRD municipal, que deben visibilizarse y pueden ser trabajados para abordar los riesgos de dos poblaciones históricamente discriminadas: mujeres y población LGTBIQ+. Trabajar las desigualdades de género como causa subyacente del riesgo es prioritario para la GRD.


Abstract The city governments of Costa Rica have a significant role in the National Risk Management System (SNGR in Spanish) to face the multiple threats and risks that affect the country from their territories. The different frameworks and policies that work with the Disaster Risk Management approach, among which are international (e. g., Sendai Framework for Action), regional (e. g., Central American Policy for Comprehensive Disaster Risk Management), and national instruments (e. g., National Risk Management Policy), promote risk analysis as a process that contributes to their reduction and mitigation, which, together with specific policies focused on gender (e. g., Convention on the Elimination of All Forms of Discrimination Against Women [CEDAW]), highlight the gender approach as a principle or axis, making the need to carry out reviews and actions differentiated by gender visible. The growth of inequalities in events such as disasters emphasizes the fact that there are gender differences in the perception of risks, the levels of vulnerability that exist and the capacities to cope. This article collects the research carried out that answers the question: "What are the psychosocial elements that influence the implementation of mainstreaming the gender approach in DRM processes in municipal offices?" from Community Social Psychology and Feminist Social Psychology. A study with a qualitative approach and phenomenological design was carried out, in which interviews were applied to institutional representatives in DRM and gender. The first seeks to promote processes of social transformation, considering the psychosocial processes that permeate community dynamics, which, in turn, are influenced by specific contexts. As for Feminist Psychology, it promotes the identification of inequalities and the creation of options for change. The relationship between feminist political perspectives and psychological practices and sexual and gender differences were considered as causes of inequalities, generating certain psychosocial analyzes not widely developed so far. A subjective perspective to the lived experience of the people participating in the research was considered in order to emphasize the meanings and knowledge as a process, based on interviews with institutional representatives of municipal offices and national institutions both focused on DRM or gender. Twelve psychosocial elements that influence the mainstreaming of the gender approach in municipal DRM were identified: the need for training and awareness, the requirement of political will, the naturalization of gender roles and stereotypes, the recognition of gender differences, resistance to mainstreaming gender, subjectivity, the presence or absence of inter and intra-institutional articulations, the social participation of women, the recognition of gender violence, the recognition of vulnerable populations, the cultural context and social inequalities. Moreover, gender inequalities are recognized as an element that affects and emphasizes the vulnerabilities of specific populations, such as women of different ages, transgender people, people with disabilities, among others. The research allowed an approach to ten different territorial contexts where DRM is put into practice from an office or as a process, and how the experience of the people who lead them understands the gender approach, contrasting with the institutional perspective applied at the national level. It is concluded that these should be made visible and can be worked on to address the risks of two historically discriminated populations: women and LGTBIQ+ population. Considering gender inequalities as an underlying cause of risk is a priority for Disaster Risk Management.

9.
Saúde debate ; 47(136): 269-291, jan.-mar. 2023. tab, graf
Article in Portuguese | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1432426

ABSTRACT

RESUMO A epidemiologia, apesar de suas origens sócio-históricas, tornou-se hegemonicamente individual, linear, com clivagens entre os hemisférios norte e sul, entre método e teoria crítica, de onde emerge a necessidade de uma epidemiologia voltada à emancipação humana. O objetivo deste artigo é avaliar de que forma a epidemiologia contra-hegemônica tem contribuído para práticas efetivas de emancipação humana na saúde pública nos diferentes níveis de justiça. Realizou-se revisão integrativa, com busca nas bases de dados PubMed, BVS, Assia, Embase e SA e análise temática e cross-case. Diante de lentes ajustadas à epidemiologia crítica, reconstituímos os tensionamentos entre as diferentes formas de emancipações política e humana, nos níveis de justiça cognitiva, socioambiental e de saúde. O primeiro nível, cognitivo, é atravessado pela razão de mundo e pelo pensamento abissal e envolve os demais. O nível socioambiental foi ancorado no metabolismo socionatural-histórico e o de saúde, angustia-se entre o bem viver e as lutas fragmentadas pelos direitos à saúde universal, frente à espoliação do setor. No enfrentamento ao modelo de acumulação de capital, devemos valorizar a interculturalidade e a subjetividade. Evidenciou-se que a 'Epistemologia do Sul' remete a um pensamento descolonizador, orientando metodologias capazes de potencializar descobertas bem como desmistificar as relações sociais.


ABSTRACT Epidemiology, despite its socio-historical origins, has become hegemonically individual and linear, with the north-southern hemispheres divide, methodology and critical theory, which calls for a human emancipation oriented epidemiology. The aim of this article is to assess how critical epidemiology has contributed to effective human emancipation practices in public health, at different justice levels. An Integrative review was performed, with searches in PubMed, VHL, ASSIA, EMBASE and SA databases and thematic and cross-case analysis. Elaborating through critical counter-hegemonic epidemiology adjusted lens, we reconstitute the tension between different modes of human and political emancipations, at the levels of cognitive, socio-environmental and health justice. The cognitive level is crossed by the 'way of the world' and the 'abyssal' thinking and involves the other levels. The socio-environmental level was anchored in the historical socio-natural metabolism and that of health, anguishes between well-being and the fragmented struggles for universal health rights, as opposed to the spoliation of the sector. In confronting the capital accumulation model, it's essential to value interculturality and subjectivity We found evidence that the 'Epistemology of the South' points out to a decolonizing thought-oriented methodology, capable of enhancing discoveries and demystifying social relations.

10.
Saúde Soc ; 32(4): e230050pt, 2023.
Article in Portuguese | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1530416

ABSTRACT

Resumo Este ensaio, que traz contribuições póstumas da primeira autora, parte da compreensão da interseccionalidade como ferramenta teórica-metodológica e oferenda analítica que evidencia como sistemas múltiplos de subordinação e discriminação, suas consequências e dinâmicas estruturais, se relacionam entre dois ou mais eixos de opressão social. Propomos uma aproximação epistemológica entre esta compreensão e o campo da Alimentação e Nutrição, que contribua para pensar um cuidado alimentar e nutricional interseccional e uma práxis integral. Corroborando a metáfora da intersecção (e da encruzilhada), afirmamos que vários eixos de poder - raça, gênero, sexualidade, etnia, idade, classe, tamanho corporal, (dis)capacidades, entre outros - conformam as avenidas que estruturam o terreno do cuidado em saúde, inclusive o alimentar e nutricional. Entre tais avenidas e encruzilhadas, traçamos uma proposição inicial de Nutrição Clínica Ampliada e Implicada. Entre as implicações propostas, destacamos a reflexividade e a ação nas relações de poder e opressão, situando o(a) nutricionista como agente político, implicado com práxis emancipatórias, participativas e referenciadas socialmente. A interseccionalidade se traveste aqui como estratégia para o trabalho de justiça social, incluindo nesta a alimentação e a nutrição. Tratamos de relações em construção, constituindo práticas reflexivas, de composição de sentidos no ato do trabalho vivo alimentar e nutricional.


Abstract This essay, which brings posthumous contributions from the first author, starts from the understanding of intersectionality as a theoretical-methodological tool and analytical offering that shows how multiple systems of subordination and discrimination, their consequences and structural dynamics, relate between two or more axes of social oppression. We propose an epistemological approximation between this understanding and the field of Eating and Nutrition, which contributes to thinking an intersectional eating and nutritional care and an integral praxis. Corroborating the intersection (and crossroads) metaphor, we state that several axes of power - race, gender, sexuality, ethnicity, age, class, body size, (dis)abilities, among others - shape the avenues that structure the field of health care, including eating and nutritional care. Among such avenues and crossroads, we outline an initial proposal of an Extended and Implicated Clinical Nutrition. Among the proposed implications, we highlight reflexivity and action in power and oppression relations, placing the nutritionist as a political agent, involved with emancipatory, participatory, and socially referenced praxis. Intersectionality, therefore, is treated here as a strategy for social justice work, including eating and nutrition. We deal with relationships under construction, constituting reflective practices, the composition of meanings in the act of living eating and nutrition work.

11.
Psicol. USP ; 342023. tab
Article in Portuguese | INDEXPSI, LILACS | ID: biblio-1517457

ABSTRACT

A visibilidade social e acadêmica de homens transexuais deu-se tardiamente em comparação com mulheres trans. Ainda mais invisíveis são as experiências de transição dos homens trans negros, que agregam a intersecção gênero-raça. Este estudo qualitativo teve por objetivo analisar como homens transexuais negros vivenciam suas experiências de transição de gênero, à luz do conceito de interseccionalidade. Participaram quatro homens que se autodeclararam transexuais e negros, de 22 a 33 anos. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas, seguidas de análise temática. Os resultados apontam que o reconhecimento social das identidades transmasculinas advém do racismo, quando este se intersecciona com a transfobia. À medida que o sujeito passa a ser lido como homem, recebe o atributo racista de "perigoso". A baixa empregabilidade é uma das consequências perversas dessa leitura que articula dois eixos de subordinação: transgeneridade e raça. Há urgência de políticas públicas para que se interrompa esse ciclo de desempoderamento interseccional


The social and academic visibility of transsexual men happened later than that of transgender women. Even more invisible are the transition experiences of Black trans men as they aggregate the gender-race intersection. This qualitative study aimed to analyze how Black transgender men experience their gender transition in light of the concept of intersectionality. In total, four men, aged 22-33 years, who declared themselves Black and transsexual participated in this study. Semi-structured interviews were conducted, followed by thematic analysis. Results indicate that the social recognition of transmasculine identities crosses racism when it intersects with transphobia. To the extent that they are recognized as men, they receive the racist attribute of "dangerous." Low employability is one of the perverse consequences of this reading, which articulates two axes of subordination: transgender and race. Breaking this cycle of intersectional disempowerment urgently requires public policies


La visibilité sociale et académique des hommes transgenres est arrivée tardivement, par rapport aux femmes transgenres. Plus invisibles encore sont les expériences de transition des hommes noirs transgenres, qui cumulent l'intersection entre le sexe et la race. Cette étude qualitative visait à analyser la manière dont les hommes transsexuels noirs vivent leurs expériences de transition de genre à la lumière du concept d'intersectionnalité. Quatre hommes qui se sont déclarés noirs et transsexuels, âgés de 22 à 33 ans, ont participé à l'enquête. Des entretiens semi-structurés ont été menés, suivis d'une analyse thématique. Les résultats montrent que la reconnaissance sociale des identités transmasculines passe par le racisme, lorsqu'il s'entrecroise avec la transphobie. Au fur et à mesure que le sujet est lu comme un homme, il reçoit l'attribut raciste de « dangereux ¼. La faible employabilité est l'une des conséquences perverses de cette lecture qui articule les deux axes de subordination: le transgenre et la race. Il est urgent que les politiques publiques brisent ce cycle de désautonomisation intersectionnelle


La visibilidad social y académica de los hombres transexuales llegó tarde en comparación con la de las mujeres transexuales. Aún más invisibles son las experiencias de transición de los hombres negros trans, que agregan la intersección género-raza. Este estudio cualitativo tuvo por objetivo analizar las vivencias de los hombres negros transexuales respecto a la transición de género a la luz del concepto de interseccionalidad. Participaron cuatro hombres que se declararon negros y transexuales, de entre 22 y 33 años de edad. Se realizaron entrevistas semiestructuradas, y posteriormente análisis temáticos. Los resultados muestran que el reconocimiento social de las identidades transmasculinas se da mediante el racismo cuando este se cruza con la transfobia. Cuando el sujeto es visto como un hombre, recibe el atributo racista de "peligroso". La baja empleabilidad es una de las consecuencias perversas de esta lectura que articula los dos ejes de subordinación: la transexualidad y la raza. Es urgente que las políticas públicas rompan este ciclo de desempoderamiento interseccional.


Subject(s)
Humans , Male , Adult , Black or African American , Racism , Transgender Persons , Gender Identity , Qualitative Research , Intersectional Framework
12.
Saúde Soc ; 32(3): e220477pt, 2023.
Article in Portuguese | LILACS | ID: biblio-1515561

ABSTRACT

Resumo O Programa de Volta Para Casa (PVC) é uma das Estratégias de Desinstitucionalização da Rede de Atenção Psicossocial do Sistema Único de Saúde. Baseado na mudança de paradigma proposta pela Psiquiatria Democrática Italiana, tem o objetivo de promover a inclusão social e acesso aos direitos humanos de egressos de internações psiquiátricas. Objetivou-se saber quem são, onde moram e por onde andam os moradores da cidade de Santos beneficiários do PVC, local em que o processo de desinstitucionalização foi pioneiro. Por meio de entrevista semiestruturada e observação participante, em uma pesquisa qualitativa, identificou-se que as beneficiárias são pessoas acima de 50 anos, não escolarizadas, negras, com renda média de um salário mínimo; moradoras dos cortiços do centro; usuárias de transporte público e dos serviços de saúde; e frequentadoras de estabelecimentos comerciais e religiosos. Utilizando o método hermenêutico-dialético e a análise interseccional, concluiu-se que os marcadores sociais raça/cor e origem estão relacionados às internações mais longas, ao menor acesso à moradia digna e à vivência de maior exclusão social. Para uma práxis crítica, é necessário garantir acesso ao PVC por pessoas negras e adotar estratégias de descolonização do eu no enfrentamento das relações de opressão mais vivenciadas pelos beneficiários negros e migrantes, bem como de seus descendentes.


Abstract The de Volta Para Casa Program (Back Home Program - PVC) is one of the Deinstitutionalization Strategies of the Psychosocial Care Network of the Brazilian Unified Health System. Based on the change of perspective proposed by the Italian Democratic Psychiatry, it aims to promote social inclusion and access to human rights for those leaving psychiatric hospitalizations. The objective was to find out who are the PVC beneficiaries habitants of the municipality of Santos, where the deinstitutionalization process was a pioneer, where they live, and where they are now. With a semi-structured interview and participant observation, in a qualitative research, it was identified that the beneficiaries are people over 50 years old, without schooling, black, with an average income of a minimum wage, residents of the tenements in the city center, public transport and public health services users, and attending commercial and religious establishments. By using the hermeneutic-dialectical method and the intersectional perspective, it was concluded that the social markers race/color and origin are related to longer hospitalization, lack of access to decent housing, and greater social exclusion. For a critical praxis, it is necessary to guarantee access to PVC for black women and to adopt strategies for the decolonization of the self in facing the oppressive relationships most experienced by black and migrants beneficiaries, as well as their descendants.


Subject(s)
Mental Health
13.
Cad. Bras. Ter. Ocup ; 31: e3441, 2023.
Article in Spanish | LILACS-Express | LILACS, INDEXPSI | ID: biblio-1430061

ABSTRACT

Resumen Introducción Las mujeres que se han dedicado al trabajo sexual han sido una comunidad estigmatizada, marginada y alienada socialmente. Particularmente, en el caso de las mujeres trans la situación ha sido peor, enfrentando mayores porcentajes de violencia. Objetivo Analizar la historia de vida de una mujer trans que se desempeña en el trabajo sexual, a partir de un análisis interseccional y ocupacional. Método Empleamos un estudio cualitativo basado en la técnica de investigación Historia de Vida, considerando elementos de la entrevista narrativa ocupacional. Resultados Desde su historia, podemos ver que hay elementos que han interseccionado a lo largo de su vida, tales como los dominios: estructural, disciplinar, hegemónico e interpersonal. Sus elecciones ocupacionales han estado fuertemente influenciadas por su contexto dentro de un apartheid ocupacional, buscando la generación de espacios de resistencia y agencia frente a las diferentes adversidades. Conclusiones Estas situaciones precarizan sus condiciones de vida y ponen en alerta las influencias de los sistemas económicos, políticos, heteronormados, entre otros, en la determinación de la vida de las personas.


Resumo Introdução As mulheres que se envolvem em trabalho sexual têm sido uma comunidade estigmatizada, marginalizada e socialmente alienada. Particularmente no caso das mulheres trans, há o enfrentamento de maiores porcentagens de violência. Objetivo Analisar a história de vida de uma mulher trans que atua no trabalho sexual, a partir de uma análise interseccional e ocupacional. Método Utilizou-se um estudo qualitativo baseado na técnica de pesquisa História de Vida, considerando elementos da entrevista narrativa ocupacional. Resultados A partir de sua história, podemos perceber que há elementos que se cruzaram ao longo de sua vida, como os domínios: estrutural, disciplinar, hegemônico e interpessoal. E que suas escolhas ocupacionais foram fortemente influenciadas por seu contexto dentro de um apartheid ocupacional, buscando gerar espaços de resistência e agenciamento diante de diferentes adversidades. Conclusões Essas situações tornam suas condições de vida precárias e alertam para as influências de sistemas econômicos, políticos, heteronormativos, entre outros, na determinação da vida das pessoas.


Abstract Introduction Women who have engaged in sex work have been a stigmatized, marginalized, and socially alienated community. Particularly, in the case of trans women, there is a bigger percentage of violence. Objective To analyze the life story of a trans woman who works in sex work, based on an intersectional and occupational analysis. Method We used a qualitative study based on the Life History research technique, considering elements of the occupational narrative interview. Results From her history, we can see that there are elements that have intersected throughout her life, such as the domains: structural, disciplinary, hegemonic, and interpersonal. And that her occupational choices have been strongly influenced by her context within occupational apartheid, seeking to generate spaces of resistance and agency in the face of different adversities. Conclusions These situations make her living conditions precarious and alert the influences of economic, political, and heteronormative systems, among others, in determining people's lives.

14.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 39(supl.1): e00134421, 2023. tab
Article in English | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1430104

ABSTRACT

Studies indicate gaps in knowledge about the barriers to access and adhere to HIV pre-exposure prophylaxis (PrEP) in adolescents. In this article, we explore the perceptions and experiences of young gay, bisexual, and other men who have sex with men (YGBMSM) of the search, use and adherence to PrEP, considering their positions according to social markers of difference such as race/skin color, gender, sexuality, and social status. Intersectionality provides theoretical and methodological tools to interpret how the interlinking of these social markers of difference constitutes barriers and facilitators in the PrEP care continuum. The analyzed material is part of the PrEP1519 study and is comprised of 35 semi-structured interviews with YGBMSM from two Brazilian capitals (Salvador and São Paulo). The analyses suggest connections between social markers of difference, sexual cultures, and the social meanings of PrEP. Subjective, relational and symbolic aspects permeate the awareness of PrEP in the range of prevention tools. Willingness to use and adhere to PrEP is part of a learning process, production of meaning, and negotiation in the face of getting HIV and other sexually transmittable infections and the possibilities of pleasure. Thus, accessing and using PrEP makes several adolescents more informed about their vulnerabilities, leading to more informed decision-making. Interlinking the PrEP continuum of care among YGBMSM with the intersections of the social markers of difference may provide a conceptual framework to problematize the conditions and effects of implementing this prevention strategy, which could bring advantages to HIV prevention programs.


Os estudos revelam lacunas no conhecimento sobre as barreiras ao acesso e à adesão à profilaxia pré-exposição do HIV (PrEP) em adolescentes. O artigo explora as percepções e experiências de jovens gays e bissexuais e outros homens que fazem sexo com homens (JGBHSH) na busca, uso e adesão à PrEP, considerando suas posições de acordo com marcadores sociais de diferença como raça/cor da pele, gênero, sexualidade e nível social. A interseccionalidade fornece suporte teórico e metodológico para interpretar de que maneira a interconexão desses marcadores sociais de diferença constitui barreiras e facilitadores no continuum de cuidados. O material empírico faz parte do estudo PrEP1519 e consiste em 35 entrevistas semiestruturadas com JGBHSH de duas capitais brasileiras (Salvador e São Paulo). As análises identificam conexões entre marcadores sociais de diferença, culturas sexuais e os sentidos sociais da PrEP. Aspectos estruturais subjetivos, relacionais e simbólicos permeiam o conhecimento da PrEP dentro do leque de possibilidades de prevenção. A disposição de usar e aderir à PrEP faz parte de um processo de aprendizagem, produção de sentido e negociação frente ao risco de HIV e de outras infecções sexualmente transmissíveis e as possibilidades para obter prazer. O conhecimento, acesso e uso da PrEP fazem com que muitos adolescentes estejam mais informados sobre suas vulnerabilidades, resultando em decisões com mais informação. A interconexão do continuum de cuidados em PrEP entre JGBHSH com as intersecções dos marcadores sociais de diferença pode fornecer um arcabouço conceitual para problematizar as condições e os efeitos da implementação dessa estratégia preventiva, com o potencial de trazer vantagens para os programas de prevenção do HIV.


Los estudios muestran que existen lagunas en el conocimiento sobre las barreras para acceder y adherirse a la profilaxis preexposición contra el VIH (PrEP) en el segmento adolescente. En este artículo, exploramos las percepciones y experiencias de jóvenes gays, bisexuales, y otros hombres que mantienen sexo con hombres (JGBHSH) sobre la búsqueda, uso y adherencia a la PrEP, considerando sus posiciones respecto a los marcadores sociales de las diferencias tales como: raza/color, género, sexualidad y estatus social. La interseccionalidad aporta apoyo teórico y metodológico para interpretar cómo la interrelación de estos marcadores sociales de la diferencia constituye barreras y facilitadores en el continuum del cuidado por PrEP. El material empírico analizado es parte del estudio PrEP1519 y comprende 35 entrevistas semiestructuradas con JGBHSH, procedentes de dos capitales de estados brasileños (Salvador y São Paulo). Los análisis apuntan conexiones entre marcadores sociales de la diferencia, culturas sexuales, y los significados sociales de la PrEP. Aspectos estructurales subjetivos, de relaciones y simbólicos permean la concientización de la PrEP en el rango de las posibilidades de prevención. La voluntad de utilizar y adherirse a la PrEP es parte de un proceso de aprendizaje, producción de significado, y negociación frente al riesgo de VIH y otras enfermedades de trasmisión sexual, así como la posibilidad de obtener placer. Tener conocimiento sobre el acceso y uso de la PrEP consigue que muchos adolescentes estén más informados sobre sus vulnerabilidades, logrando una toma de decisiones más informadas. Interrelacionar el continuum de la atención PrEP entre JGBHSH con las intersecciones de los marcadores sociales de diferencia tal vez pueda proveer un marco conceptual para problematizar las condiciones y efectos de implementar esta estrategia de prevención, lo que podría traer ventajas para los programas de prevención del VIH.

15.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 39(supl.1): e00134421, 2023. tab
Article in English | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1430115

ABSTRACT

Studies indicate gaps in knowledge about the barriers to access and adhere to HIV pre-exposure prophylaxis (PrEP) in adolescents. In this article, we explore the perceptions and experiences of young gay, bisexual, and other men who have sex with men (YGBMSM) of the search, use and adherence to PrEP, considering their positions according to social markers of difference such as race/skin color, gender, sexuality, and social status. Intersectionality provides theoretical and methodological tools to interpret how the interlinking of these social markers of difference constitutes barriers and facilitators in the PrEP care continuum. The analyzed material is part of the PrEP1519 study and is comprised of 35 semi-structured interviews with YGBMSM from two Brazilian capitals (Salvador and São Paulo). The analyses suggest connections between social markers of difference, sexual cultures, and the social meanings of PrEP. Subjective, relational and symbolic aspects permeate the awareness of PrEP in the range of prevention tools. Willingness to use and adhere to PrEP is part of a learning process, production of meaning, and negotiation in the face of getting HIV and other sexually transmittable infections and the possibilities of pleasure. Thus, accessing and using PrEP makes several adolescents more informed about their vulnerabilities, leading to more informed decision-making. Interlinking the PrEP continuum of care among YGBMSM with the intersections of the social markers of difference may provide a conceptual framework to problematize the conditions and effects of implementing this prevention strategy, which could bring advantages to HIV prevention programs.


Os estudos revelam lacunas no conhecimento sobre as barreiras ao acesso e à adesão à profilaxia pré-exposição do HIV (PrEP) em adolescentes. O artigo explora as percepções e experiências de jovens gays e bissexuais e outros homens que fazem sexo com homens (JGBHSH) na busca, uso e adesão à PrEP, considerando suas posições de acordo com marcadores sociais de diferença como raça/cor da pele, gênero, sexualidade e nível social. A interseccionalidade fornece suporte teórico e metodológico para interpretar de que maneira a interconexão desses marcadores sociais de diferença constitui barreiras e facilitadores no continuum de cuidados. O material empírico faz parte do estudo PrEP1519 e consiste em 35 entrevistas semiestruturadas com JGBHSH de duas capitais brasileiras (Salvador e São Paulo). As análises identificam conexões entre marcadores sociais de diferença, culturas sexuais e os sentidos sociais da PrEP. Aspectos estruturais subjetivos, relacionais e simbólicos permeiam o conhecimento da PrEP dentro do leque de possibilidades de prevenção. A disposição de usar e aderir à PrEP faz parte de um processo de aprendizagem, produção de sentido e negociação frente ao risco de HIV e de outras infecções sexualmente transmissíveis e as possibilidades para obter prazer. O conhecimento, acesso e uso da PrEP fazem com que muitos adolescentes estejam mais informados sobre suas vulnerabilidades, resultando em decisões com mais informação. A interconexão do continuum de cuidados em PrEP entre JGBHSH com as intersecções dos marcadores sociais de diferença pode fornecer um arcabouço conceitual para problematizar as condições e os efeitos da implementação dessa estratégia preventiva, com o potencial de trazer vantagens para os programas de prevenção do HIV.


Los estudios muestran que existen lagunas en el conocimiento sobre las barreras para acceder y adherirse a la profilaxis preexposición contra el VIH (PrEP) en el segmento adolescente. En este artículo, exploramos las percepciones y experiencias de jóvenes gays, bisexuales, y otros hombres que mantienen sexo con hombres (JGBHSH) sobre la búsqueda, uso y adherencia a la PrEP, considerando sus posiciones respecto a los marcadores sociales de las diferencias tales como: raza/color, género, sexualidad y estatus social. La interseccionalidad aporta apoyo teórico y metodológico para interpretar cómo la interrelación de estos marcadores sociales de la diferencia constituye barreras y facilitadores en el continuum del cuidado por PrEP. El material empírico analizado es parte del estudio PrEP1519 y comprende 35 entrevistas semiestructuradas con JGBHSH, procedentes de dos capitales de estados brasileños (Salvador y São Paulo). Los análisis apuntan conexiones entre marcadores sociales de la diferencia, culturas sexuales, y los significados sociales de la PrEP. Aspectos estructurales subjetivos, de relaciones y simbólicos permean la concientización de la PrEP en el rango de las posibilidades de prevención. La voluntad de utilizar y adherirse a la PrEP es parte de un proceso de aprendizaje, producción de significado, y negociación frente al riesgo de VIH y otras enfermedades de trasmisión sexual, así como la posibilidad de obtener placer. Tener conocimiento sobre el acceso y uso de la PrEP consigue que muchos adolescentes estén más informados sobre sus vulnerabilidades, logrando una toma de decisiones más informadas. Interrelacionar el continuum de la atención PrEP entre JGBHSH con las intersecciones de los marcadores sociales de diferencia tal vez pueda proveer un marco conceptual para problematizar las condiciones y efectos de implementar esta estrategia de prevención, lo que podría traer ventajas para los programas de prevención del VIH.

16.
Physis (Rio J.) ; 33: e33024, 2023.
Article in Portuguese | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1431080

ABSTRACT

Resumo Com o advento da aids, uma articulação discursiva jornalística-biomédica-midiática contribuiu para acentuar a estigmatização sobre determinadas populações implicando uma colonização do HIV em que o vírus atingiria algumas pessoas enquanto outras estariam livres. Através de uma Análise do Discurso Crítica (ADC) realizou-se uma análise de retórica de algumas rupturas e continuidades discursivas nas áreas acadêmica-jurídica-midiática a partir de uma revisão narrativa de literatura (RNL). Os referenciais teóricos, éticos e políticos dos estudos decoloniais foram utilizados para a presente análise por entenderem que a colonialidade se reproduz em uma tripla dimensão: a do poder, do saber e do ser. Estes estudos foram articulados à uma crítica interseccional em que múltiplas formas de discriminação podem se sobrepor e serem experimentadas em intersecção tendo a contextualização sobre o que representou a aids, no Haiti, como eixo central comparativa para análise. Interessou-nos pensar a contribuição dessas perspectivas para lançar algumas provocações às respostas ao HIV/aids numa tentativa de superação de uma visão reducionista propagada por discursos morais e criminalizantes que, ao se posicionarem através de uma suposta neutralidade, dissimulam a interseccionalidade de gênero, classe, raça e sexualidade, levantando barreiras para as políticas e estratégias de promoção da saúde e prevenção ao HIV/aids.


Abstract With the advent of AIDS, a discursive journalistic-biomedical-mediatic articulation contributed to accentuate stigmatization on certain populations, implying a colonization of HIV in which the virus would reach some people while others would be free. Through a Critical Discourse Analysis (CDA), a critical literature review was carried out in some academic-legal-media areas from a narrative literature review (NLR). The theoretical, ethical and political references of decolonial studies were used for the present analysis because they understand that coloniality is reproduced in a triple dimension: that of power, knowledge and being. These studies were linked to an intersectional criticism in which multiple forms of discrimination can overlap and be experienced in intersection having the contextualization about what aids represented, in Haiti, as a comparative central axis for analysis. We were interested in thinking about the contribution of these perspectives to launch some provocations to the responses to HIV/AIDS in an attempt to overcome a reductionist view propagated by moral and criminalizing discourses that, by positioning themselves through supposed neutrality, conceal the intersectionality of gender, class, race and sexuality, raising barriers to health promotion and HIV/AIDS prevention policies and strategies.

17.
Rev. bras. saúde ocup ; 48: edcinq2, 2023.
Article in Portuguese | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1507914

ABSTRACT

Resumo Introdução: a violência é um fenômeno histórico e sociocultural que acompanha a humanidade desde sua origem. Nos contextos de trabalho, a violência tem sido objeto de renovada atenção nas últimas décadas, em razão da incidência de sérios problemas que assolam os trabalhadores, tais como: os suicídios, a criminalidade e os transtornos mentais e comportamentais. Objetivo: discutir as dimensões estruturais e interseccionais da violência relacionada ao trabalho (VRT). Métodos: foi realizada reflexão teórica assentada na literatura científica. Resultados: os debates sobre a interseccionalidade permitem compreender os riscos psicossociais como resultados das interações dos trabalhadores com os imbricados processos sociais, que remetem às estruturas de poder, notadamente às relações transversais de classe, "raça" e gênero, sem prejuízo à incorporação de outros eixos de diferenciação social que importem para os sujeitos e para a análise do trabalho. Conclusão: conclui-se que a VRT não pode ser adequadamente compreendida e enfrentada sem o entendimento das suas distintas dimensões, bem como das articulações entre elas, das suas manifestações plurais e interseccionais, além de seu caráter sistêmico no modo de produção capitalista.


Abstract Introduction: violence is a historical and sociocultural phenomenon that accompanies humanity since its origin. In work contexts, violence has been the object of renewed attention in recent decades due to the incidence of serious problems affecting workers, such as suicides, criminality, and mental and behavioral disorders. Objective: to discuss the structural and intersectional dimensions of work-related violence (WRV). Methods: a theoretical reflection based on scientific literature was carried out. Results: debates on intersectionality enable us to understand psychosocial risks as a result of workers' interactions with intertwined social processes that refer to power structures, notably cross-cutting relations of class, "race," and gender, without prejudice to the incorporation of other axes of social differentiation that matter to subjects and to the analysis of work. Conclusion: WRV cannot be properly understood and faced without the evaluation of its different dimensions, the articulations between them, its plural and intersectional manifestations, and its systemic character in the capitalist mode of production.

18.
Interface (Botucatu, Online) ; 27: e220440, 2023.
Article in Portuguese | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1430617

ABSTRACT

Resumo Este artigo tem como objetivo refletir sobre a importância da linguagem neutra no campo do aleitamento humano, a partir da perspectiva da interseccionalidade queer. Em 2013, foi publicada a Política Nacional de Saúde Integral de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transsexuais, porém, serviços e profissionais de saúde carecem de instrução e capacitação para atender às necessidades de saúde da população LGBTQIA+, que não se encaixa no padrão da heterocisnormatividade. A promoção ao aleitamento encontra entraves, como a ausência do uso da linguagem neutra nos atendimentos, da aplicação de conhecimento e práticas de indução da lactação e a compreensão de que pessoas cis e trans gestam e podem amamentar, se assim o desejarem. Assim, consideramos que práticas em saúde e reflexões de cuidado a partir da interseccionalidade queer tem potencial para desconstruir a heterocisnormatividade, aqui, por meio da proposta da linguagem neutra.(AU)


Abstract The aim of this article is to reflect on the importance of using gender-neutral human lactation-related language drawing on the perspective of queer intersectionality. Despite the creation of the National Policy for the Comprehensive Health Care of Lesbians, Gays, Bisexuals, Transvestites and Transsexuals in 2013, health services and professionals lack the necessary guidance and training to meet the needs of the LGBTQIA+ population, which does not conform to the standards of hetero-cisnormativity. The promotion of breastfeeding faces several challenges, including the failure to use gender-neutral language, apply lactation induction knowledge and practices, and understand that both cis and trans people can gestate and breastfeed if they wish. We therefore believe that health practices and reflections on care from the perspective of queer intersectionality have the potential to deconstruct hetero-cisnormativity through the proposal of gender-neutral language.(AU)


Resumen El objetivo de este artículo es reflexionar sobre la importancia del lenguaje de género neutro en el campo de la lactancia humana, a partir de la perspectiva de la interseccionalidad queer. En 2013, se publicó la Política Nacional de Salud de lesbianas, gais, bisexuales, travestis y transexuales; sin embargo, los servicios y los profesionales de salud no tienen instrucción ni capacitación para atender las necesidades de salud de la población LGBTQIA+, que no se encaja en el estándar de heterocisnomatividad. La promoción de la lactancia encuentra obstáculos, tales como la ausencia del uso del lenguaje de género neutro en las atenciones, de la aplicación de conocimiento y prácticas de inducción de la lactancia y la comprensión de que personas cis y trans gestan y pueden amamantar, si así lo desean. Por lo tanto, consideramos que las prácticas en salud y reflexiones de cuidado a partir de la interseccionalidad queer tienen potencial para desconstruir la heterocisnormatividad, en este caso por medio de la propuesta del lenguaje de género neutro.(AU)

19.
Psicol. soc. (Online) ; 35: e277038, 2023.
Article in Portuguese | LILACS, INDEXPSI | ID: biblio-1521420

ABSTRACT

Resumo O trabalho tem como objetivo discutir a importância da inclusão de autoras negras em produções da Psicologia Social e da Teoria Crítica, enquanto um estudo de produção de memória e ciência. Colocamos em cena Carolina Maria de Jesus e as poetas do slam narrando um Brasil a partir das margens, de resistência contra o epistemicídio e oposição a ideias pré-concebidas sobre a nossa história. Para a construção da narrativa, em diálogo com os diários de Carolina e com as poesias das mulheres do slam, estão autores da Teoria Crítica, da Psicologia Social e do Feminismo Negro. Fazemos uso da interseccionalidade como uma lente de análise das experiências narradas pelas autoras, compreendendo o entrecruzamento entre raça, classe, gênero e outras opressões como aspectos que constituem não apenas as singularidades que se mostram em suas histórias de vida, mas também os elementos que as fazem orbitar enquanto uma identidade coletiva brasileira.


Resúmen El trabajo tiene como objetivo discutir la importancia de la inclusión de autoras negras en las producciones de Psicología Social y Teoría Crítica, como trabajo de producción de memoria y ciencia. Pusimos en escena a Carolina María de Jesús y las poetas del slam narrando un Brasil desde los márgenes, de resistencia al epistemicidio y oposición a las ideas preconcebidas sobre nuestra historia. Para la construcción de la narrativa, en diálogo con los diarios de Carolina y la poesía de las mujeres del slam, se cuenta con autoras de la Teoría Crítica, la Psicología Social y el Feminismo Negro. Usamos la interseccionalidad como lente de análisis de las experiencias narradas por los autores, entendiendo la intersección entre raza, clase, género y otras opresiones como aspectos que constituyen no solo las singularidades que se muestran en sus historias de vida, sino también en los elementos que orbitan. como identidad colectiva brasileña.


Abstract The work aims to discuss the importance of including black women in productions of Social Psychology and Critical Theory, as a study of production of memory and science. We put Carolina Maria de Jesus and Slam poets on stage narrating a Brazil from the margins, of resistance against epistemicide and of opposition to preconceived ideas about our history. In dialogue with Carolina's diaries and the Slam women, authors from Critical Theory, Social Psychology, and Black Feminism build the narrative. We use intersectionality as a lens for analyzing the experiences narrated by the authors, understanding the intersection between race, class, gender, and other oppressions as aspects that constitute not only the singularities that are shown in their life stories but also in the elements that orbit as a Brazilian collective identity.


Subject(s)
Black People , Intersectional Framework
20.
Demetra (Rio J.) ; 18: 65199, 2023.
Article in English, Portuguese | LILACS | ID: biblio-1442851

ABSTRACT

Ambientes alimentares domésticos condicionam oportunidades e práticas que se relacionam à nutrição e à promoção da alimentação saudável. Devido às construções de gênero, as mulheres têm papel fundamental nesses contextos, estando associadas histórica e culturalmente ao cuidado alimentar nos domicílios. Considera-se que fatores como raça e classe social proporcionam diferentes experiências e níveis de agência feminina em ambientes alimentares domésticos, reverberando sobretudo na alimentação e na saúde. A partir disto, este ensaio propõe uma reflexão sobre as repercussões das relações entre gênero e ambientes alimentares domésticos. Discute-se também como os desdobramentos das interações entre as desigualdades de gênero, raciais e econômicas incidem na organização e no cuidado com a alimentação, a partir de aspectos que vão desde a aquisição e preparo de alimentos saudáveis, a padrões de consumo criados. Conclui-se que a falta de compartilhamento do trabalho doméstico, a dupla jornada, a sobrecarga, a dificuldade de acesso a recursos e alimentos e a vulnerabilidade socioeconômica são alguns dos fatores que desafiam a constituição de ambientes alimentares domésticos justos e saudáveis.


Home food environments provide opportunities and practices related to food and nutrition and the promotion of healthy eating patterns. Due to gender constructions, women play a key role in these contexts, being historically and culturally associated with food care at home. Race and social class are considered factors that provide different experiences and levels of female agency in home food environments, with special impact on nutrition and health. Based on this, the present study proposes a reflection about the repercussions of relations between gender and home food environments. It also discusses how unfolded interactions between gender, race and economic inequalities affect food organization and care based on aspects that range from purchase and preparation of healthy foods to created consumption patterns. It is concluded that some factors such as unshared household chores, double work shift, overload, difficulty of accessing resources and foods and socioeconomic vulnerability are challenges to be overcome to build fair and healthy home food environments.


Subject(s)
Humans , Female , Socioeconomic Factors , Women, Working , Diet, Healthy , Gender Equity , Home Environment , Social Class , Cultural Factors , Racism , Race Factors , Intersectional Framework , Social Vulnerability , Household Work
SELECTION OF CITATIONS
SEARCH DETAIL